Você provavelmente já ouviu falar em aterramento, mas você sabe exatamente o que é e por que é tão importante? Às vezes corremos o risco de tratar da parte elétrica de forma automática e sem dar atenção para o que o técnico/engenheiro está de fato fazendo, principalmente hoje em dia, quando aspectos como o aterramento são quase que garantidos em um projeto elétrico. Descubra com a Itapuã o que é e como funciona, além dos princípios básicos de um aterramento correto.
O que é e o que faz o aterramento?
Para entender com mais precisão a respeito do que consiste o aterramento, temos que repassar alguns conceitos básicos de elétrica. Para haver corrente elétrica, deve existir a chamada diferença de potencial (a tensão elétrica, popularmente chamada de voltagem), na qual a corrente percorre o caminho do maior potencial para o menor.
Usualmente a rede elétrica da concessionária alimenta os imóveis através de dois cabos condutores, o neutro e o fase, sendo o primeiro de tensão mais próxima possível de 0 e o segundo com a tensão residencial, ambos fechando o circuito que vai gerar a corrente elétrica. Ocorre que o neutro, tanto por fugas de energia dos equipamentos, quanto por imperfeições inerentes ao material e à rede, nem sempre é capaz de ter o potencial absolutamente nulo, e é aí que entra o aterramento.
Diferente do que ocorre nas instalações do neutro e do fase, a terra tem sempre o 0 volt absoluto, sendo sempre o menor potencial. Dessa forma, a corrente sempre tenderá seguir rumo a ela, fazendo dela o caminho perfeito para a dispersão da energia excedente que se acumula na instalação e nos equipamentos. Assim, o processo é relativamente simples, e consiste na inserção diretamente na terra de uma haste condutora (usualmente feita de cobre) que é ligada à instalação através do fio-terra.
Qual a importância de um aterramento?
Primeiramente, o aterramento tem uma função de proteção pessoal e de equipamentos/rede. É característico de qualquer condutor (exceto a Terra) que haja fuga de energia elétrica em seu funcionamento, isso vale tanto para fios quanto os próprios equipamentos eletrônicos, os quais ficam com essa energia acumulada em seus componentes condutores, como carcaças de metal. Nesses casos, podemos tomar choques pela energia acumulada.
Mais sério é quando lidamos com correntes mais fortes, e aí sim o aterramento salva vidas. Por exemplo, se um técnico for lidar diretamente com um equipamento ou instalação de alta tensão, a descarga elétrica vai seguir o caminho para o menor potencial da mesma forma, o que significa que ela vai procurar a terra e nesse trajeto o corpo da pessoa está funcionando como um condutor de pouca resistência até esse caminho. Já em uma instalação aterrada, o fio-terra será o condutor ideal para essa corrente até a terra, o que impedirá ela de passar pelo indivíduo.
Essa dinâmica também funciona para fortes descargas atmosféricas, os raios, já que conduz a corrente mais facilmente para a terra. Isso inclusive faz do aterramento uma parte crucial dos Sistemas de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), que incluem os pararraios e os sistemas de escoamento das descargas.
Por fim, o aterramento também auxilia no melhor funcionamento de instalações de segurança, como fusíveis e disjuntores. Novamente isso ocorre por conta da “limpeza” da energia excedente para a terra, e ao evitar o caminho dela para os equipamentos elétricos, que infelizmente são imperfeitos para lidar com cargas muitos elevadas da melhor forma possível.
Como fazer um bom aterramento?
Seguido da avaliação do técnico ou engenheiro que vai decidir o melhor modo de aterramento (IT, TT ou TN), o sistema vai constituir basicamente de quatro elementos principais: a haste condutora que liga à terra; a caixa de inspeção que liga as partes do sistema; os condutores da malha de aterramento (incluindo fio terra) que ligam à haste; e os conectores que ligam a malha com as hastes ou a caixa de inspeção.
Porém, não podemos esquecer que é sempre extremamente necessário seguir a instalação do sistema de acordo com as especificações da NBR 5410, incluindo se a atenção às qualidades dos materiais e suas especificidades físicas e de segurança.
E caso tenha restado dúvidas ou precisa encontrar o material da melhor qualidade e preço para seu aterramento, não se esqueça que pode contar com a Itapuã.